A violência é um grave problema de saúde pública. O desenvolvimento de modelos experimentais para o estudo do comportamento agressivo torna-se altamente relevante. Através da aplicação do Modelo Espontâneo de Agressividade (MEA), observamos que alguns camundongos machos adultos Swiss Webster apresentaram comportamento altamente agressivo, enquanto em outros grupos os animais demonstraram uma interação social harmônica. O objetivo deste estudo foi dar continuidade a investigação da capacidade de respiração celular através da análise dos processos de autofagia e morte celular por apoptose no córtex frontal cerebral de camundongos. O MEA foi estruturado, basicamente, pelo agrupamento de camundongos jovens e o reagrupamento dos mesmos indivíduos na idade adulta. Este reagrupamento promove uma situação de estresse social onde observamos indivíduos altamente agressivos (Agg), subordinados (Sub) e harmônicos (Har). Nossas análises basearam-se na avaliação dos processos de autofagia e apoptose através dos métodos de imunofluorescência por LC3-II e ensaio TUNEL, respectivamente. Na imunofluorescência por autofagia, os animais reagrupados Har e Agg apresentaram aumento moderado da quantidade de células autofágicas em comparação aos NR. Além disso, foi notório que no córtex dos animais Sub, a autofagia ocorreu de forma significativamente mais intensa que nas outras categorias comportamentais. O estresse também promoveu aumento no percentual de células que sofreram apoptose, sendo que este resultado foi mais evidente nos animais Agg. Nosso estudo demonstrou que há uma possível conexão entre a condição de estresse, o metabolismo energético mitocondrial, a influência nos processos de autofagia e apoptose que em conjunto poderia influenciar no comportamento altamente agressivo.